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jueves, 14 de diciembre de 2017

Fátima Oliveira defensora de los derechos sexuales y reproductivos



Fátima Olíveira (Graça Aranha, Maranhão, 1953-  5 de noviembre de 2017).

Firme defensora del Sistema Único de Salud (SUS), investigadora de la salud de las mujeres, los negros e incansable defensora de los derechos sexuales y reproductivos.

Fátima Oliveira construyó un legado feminista valeroso, articulando las cuestiones de género y raza. Trabajó con la ONU en el proceso preparatorio de la 3ª Conferencia Mundial contra el Racismo, la Discriminación Racial e Intolerancias Correlatas (Durban, 2001), en la elaboración de la Política Nacional de Salud Integral de la Población Negra y en la articulación de mujeres negras para la Conferencia Mundial de Población y Desarrollo en El Cairo (1994).

Fue una de los principales nombres a posicionarse contra el racismo en la salud, destacando las muertes evitables de negras y negros y la falta de capacidad instalada en los servicios de salud como una de las expresiones de la discriminación racial. Fue una de las principales voces en el país por la legalización del aborto y por la atención adecuada a las mujeres en la salud pública, denunciando, inclusive, la esterilización de mujeres negras. Integrando diversos comités y grupos de trabajo en el área de la salud, fue investigadora de bioética con diversas obras producidas y  fue secretaria-ejecutiva de la Red Feminista de Salud, Derechos Sexuales y Derechos Reproductivos.

Como articulista, Fátima Oliveira manifestó sus opiniones contra el racismo, en favor de los derechos de las mujeres y cuestiones políticas con regularidad impresionante en la prensa, dando flujo a la potencia de su pensamiento crítico.

 Fátima Oliveira  se presentaba así en su blog

Soy médica, escritora y feminista. Integro el Consejo Directivo de la Comisión de Ciudadanía y Reproducción (CCR) y el Consejo Consultivo de la Red de Salud de las Mujeres Latinoamericanas y del Caribe (RSMLAC). Escribo una columna semanal en el diario El Tiempo (BH, MG), desde el 3 de abril de 2002.

Una de las 52 brasileñas presentadas al proyecto 1000 Mujeres para el Nobel de la Paz 2005. Soy autora de  libros de divulgación y popularización de la ciencia.




Así nos la presentaba Sueli Carneiro


"Ella me fascina. Es médica, fumadora y carnívora empedernida. Madre de tres hijos naturales, uno más adoptado, hijo de un hermano que perdió a la mujer en el parto y de una niña que le fue dada a los 11 años y que le dio a los nietos que ella mima con orgullo. Trabaja como un animal porque dice que tiene fama de perezosa dentro de su familia y cómo de hecho cree que eso es verdad, lo hace todo con mucha prontitud para librarse pronto. Mentira. Crió cinco hijos entre una viudez y otra boda. En el caso de las mujeres, se trata de una de las más importantes de la historia de la humanidad. Es una de las pocas mujeres negras que tiene columna semanal en un vehículo de la gran prensa. En la columna de Opinión del Diario El Tiempo, de Belo Horizonte.


Viajera ambulante, vivió en  Imperatriz y  São Luiz, de Maranhão, en São Paulo y  se estableció ahora, no se sabe por cuanto tiempo, en Belo Horizonte 

Entró en el Partido Comunista de Brasil (PCdoB) a los 16 años  y permaneció en él siendo una de sus más prolificas intelectuales.
En un Partido notorio por su centralismo y disciplina exigida a sus miembros y ella, imprevisible e irreverente es quien denuncia en sus artículos lo que ella denomina  "neo-liberales" del PT y del PCdoB. Ni yo que vivo proclamando independencia y autonomía en relación a partidos políticos he logrado ir tan lejos en mis manifestaciones públicas.

También tiene la autoestima de causar  envidia a cualquier argentino. Cosa rara en negros, mujeres y nordestinos, siendo ella todo eso al mismo tiempo, aunque pudiera considerarse o ser considerada "morena oscura" para los patrones raciales del país. Tiene absoluta confianza en los saberes de que es portadora e igual convicción para defender sus posiciones en arenas públicas. Dialoga con áreas de la ciencia, de las que mujeres y negros se hallan apartados. Introdujo los temas de la bioética y de la ingeniería genética en las pautas feministas y antirracistas. Es interlocutora pionera, crítica y convocadora de ese debate con la comunidad científica desde una perspectiva ética.

La conocí en el ámbito de la militancia feminista. Guarde, por años, reservas en relación a su afiliación partidista. Fui siendo seducida por su independencia, coraje y capacidad de pensar y actuar por las causas que abrazamos. También tiene muchos desafíos y, a veces, compra peleas gratis. Ella es una monstruosa. Es Fátima Oliveira. ¡Vean! ".

Sueli Carneiro en la   introducción   de Fátima Oliveira  en su tesis de doctorado 





É com tristeza que a ONU Mulheres recebeu a notícia sobre o falecimento da médica Fátima Olíveira. Árdua defensora do Sistema Único de Saúde (SUS), pesquisadora da saúde da mulher, da população negra e defensora incansável dos direitos sexuais e direitos reprodutivos, Fátima Oliveira construiu um legado feminista valoroso, articulando as questões de gênero e raça. Trabalhou com a ONU no processo preparatório da 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial e Intolerâncias Correlatas (Durban, 2001), na elaboração da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e na articulação de mulheres negras para a Conferência Mundial de População e Desenvolvimento no Cairo (1994).

Foi um dos principais nomes a se posicionar contra o racismo na saúde, destacando as mortes evitáveis de negras e negros e a falta de capacidade instalada nos serviços de saúde como um das expressões da discriminação racial. Foi uma das principais vozes no País pela legalização do aborto e pelo atendimento adequado as mulheres na saúde pública, denunciando, inclusive, a esterilização de mulheres negras. Integrou diversos comitês e grupos de trabalho na área da saúde, foi pesquisadora de bioética com diversas obras produzidas e secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos.

Como articulista, Fátima Oliveira manifestou suas opiniões contra o racismo, em favor dos direitos das mulheres e questões políticas com regularidade impressionante na imprensa, dando vazão à potência do seu pensamento crítico.

Manifestamos nosso pesar e sentimento de solidariedade a familiares, amigas e amigos de Fátima Oliveira, uma feminista negra inesquecível.

Nadine Gasman
Representante da ONU Mulheres Brasil




“Ela me fascina. É médica, fumante e carnívora empedernida. Mãe de três filhos naturais, mais um adotado, filho de um irmão que perdeu a mulher no parto e de uma menina que lhe foi dada aos 11 anos e que lhe deu os netos que ela mima e estraga com orgulho. Trabalha como um animal porque diz que tem fama de preguiçosa dentro de sua família e como de fato acha que isso é verdade, faz tudo com muita prontidão para se livrar logo. Mentira. Criou cinco filhos entre uma viuvez e um outro casamento. Ela dá plantão semanalmente, viaja pelo país e o mundo inteiros representando a Rede Feminista de Saúde. É autora de quatro livros, sendo o último um romance sobre aborto em relações de mulheres e padres. É ainda uma das poucas mulheres negras que tem coluna semanal num veículo da grande imprensa. Escreve na coluna de Opinião do Jornal O Tempo, de Belo Horizonte.

Caixeira viajante, viveu em Imperatriz e São Luiz, no Maranhão, em São Paulo e fixou-se agora, sabe-se por quanto tempo, em Belo Horizonte.

Entrou para o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) aos 16 anos. Permanece nele sendo uma de suas mais profícuas intelectuais. Um Partido notório pelo seu centralismo e disciplina exigida a seus membros e ela, imprevidente e irreverente é quem denuncia em seus artigos o que ela denomina de “neo-liberais” do PT e do PCdoB. Nem eu que vivo proclamando independência e autonomia em relação a partidos políticos consegui ainda ir tão longe nas minhas manifestações públicas.

Tem também uma auto-estima de fazer inveja a qualquer argentino. Coisa rara em negros, mulheres e nordestinos, sendo ela todos ao mesmo tempo, embora pudesse se considerar ou ser considerada “morena escura” para os padrões raciais do país. Tem absoluta confiança nos saberes de que é portadora e igual convicção para defender suas posições em arenas públicas. Dialoga com áreas da ciência da qual mulheres e negros se acham apartados. Introduziu os temas da bioética e da engenharia genética nas pautas feministas e anti-racista. É interlocutora pioneira, crítica e convocadora desse debate com a comunidade científica de uma perspectiva ética.

A conheci no âmbito da militância feminista. Guardei, por anos reservas em relação à sua filiação partidária. Fui sendo seduzida pela sua independência, coragem e capacidade de pensar e agir pelas causas que abraçamos. Tem também muitos desafetos e, por vezes, compra brigas de graça. Ela é uma monstrinha. É Fátima Oliveira. Vejam! “

(Sueli Carneiro na  introdução  do Testemunho de Fátima Oliveira à sua  tese de doutorado.  FE / USP/ 2005 .



http://talubrinandoescritoschapadadoarapari.blogspot.com.es/
http://cebes.org.br/2017/11/rede-feminista-de-saude-lamenta-a-morte-de-fatima-oliveira/
https://nacoesunidas.org/onu-mulheres-lembra-legado-de-medica-e-feminista-brasileira-fatima-oliveira/
http://www.onumulheres.org.br/noticias/nota-de-pesar-pelo-falecimento-da-medica-fatima-oliveira/
http://fernandapompeu.com.br/fatima-oliveira-de-los-1000-legados/

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